TANTRA, PRESENÇA E A LEVEZA DO SER
Durante o Osheanic Festival 2016, os terapeutas Homa e Mukto dialogaram sobre amizade, amor, sexo e tudo o mais o que descobriram sobre a vida com a equipe do Jornal O POVO.
Homa e Mukto se conhecem desde 1985. Ela é mais intuitiva, ele é mais racional. Os dois se completam, feito amor e amizade. Não são mais um casal, ponderam antes das fotos para esta entrevista, mas se ligam pelo coração – o que anula rótulos. Preferem falar de amorosidade e não de romantismo e, por estas linhas, tecem definições mais amplas dos relacionamentos e do sexo em anexo.
Nesta conversa, eles dialogam sobre caminhos para alcançar o tempo presente e a leveza de si próprio. Para eles, prazer e felicidade não estão tão longe do agora e nem de nós.
O POVO – Vocês se definem como “grandes amigos com percepções de vida bem diferentes”. Qual é o início dessa amizade e como ela foi se tornando grande?
HOMA – 1985, a gente se encontrou pela primeira vez.
MUKTO – A gente se encontrou na Europa, numa comunidade. Ficou amigo e, depois de alguns meses, amantes. Ficamos juntos por cinco anos e, depois, ficamos os melhores amigos e trabalhamos juntos – a maioria dos últimos 20 anos com terapia.

OP – Em que pontos mais significativos vocês discordam em relação às percepções de vida e como fazem para que essa discordância seja um diálogo e não se transforme em intolerância?
HOMA – Esse é o maior desafio de qualquer amizade ou relacionamento. Uma das coisas é que a gente sempre bota a amizade na frente. A gente sabe que, independentemente do quanto que for a divergência, vai chegar o momento que vai ser amigo de novo.
MUKTO – Para especificar um pouco: ela é super intuitiva e eu tenho uma mente bem organizada.
HOMA – Mais racional.
MUKTO – E isso causa uma percepção do mundo, totalmente, diferente. Mas, no nosso trabalho, é uma bênção porque se complementam.
HOMA – O trabalho nosso é baseado no coração. E, no coração, sempre tem espaço pro outro. Mesmo que você não concorda, vai escutar. Aí eu deixo aquilo dentro de mim e vou ver os prós e contras. A gente dialoga bastante.
OP – No coração, o que vem primeiro: o amor ou a amizade?
MUKTO – Amor, na nossa sociedade, tem um gosto muito de amor romântico. Quando a gente fala de amor, é mais uma amorosidade que a gente está falando. E essa amorosidade inclui amizade. Esse amor de muita paixão não é o amor que a gente busca. É um amor mais moderado, com mais paz.
HOMA – Na linguagem da gente, não tem uma diferença entre amizade e amor. O amor é algo mais inclusivo, um estado de percepção, de ser. Ele inclui amizade. Mesmo que ele vá para outra direção, o amor ainda vai estar presente. Porque o amor não vai embora. Das conexões, a sexualidade, por exemplo, em um casamento, às vezes, vai embora. Mas o amor é algo que pode durar para sempre. Porque é um estado de inclusão.
MUKTO – Mas precisa de comprometimento. Uma amizade, pra funcionar, precisa de querer. Você tem que trabalhar para isso também.
OP – Em que momento da vida vocês tiveram essa “sacada” sobre amor e amizade?
HOMA – A gente foi casal por cinco anos. Quando a gente sentiu que precisávamos viver outras coisas como homem e como mulher, vimos naquele momento, que parecia que a gente estava se separando, mas que a amizade ia continuar. E continuou, de alguma forma, com tudo o que tinha de bom – cresceu. Tinham umas certas co-dependências de casal que saíram, isso foi desaparecendo. Mas a conexão e a amizade ficaram mais fortes ainda, né?
MUKTO – Com certeza.
HOMA – E a gente passou por vários lugares do mundo, eu mudei, ele mudou. A gente vive, não na mesma casa, mas no mesmo ambiente já faz 20, 30 anos? Muito tempo! Parece que foi ontem.

OP – E o que torna tão novo esse cotidiano de 30 anos?
HOMA – Acho que é esse trabalho que a gente faz.
MUKTO – Porque não é só trabalho com objeto ou com o outro. É trabalho em nós mesmos também. A gente tem uma troca fértil entre a gente. A gente aprofunda ainda. Não que a gente sacou algo 15 anos atrás e tá falando a mesma coisa faz 15 anos. Todo ano algo novo acontece, um novo entendimento, sabe?
OP – O ditado “amigos, amigos, negócios à parte” parece não valer para vocês que têm uma sintonia forte na profissão. Como fazer para a amizade caminhar junto ao trabalho?
HOMA – Pra gente, o ditado seria: “Amigos ótimos, negócios melhor ainda!” (risos) O que a gente quer criar com o negócio e mesmo com fazer dinheiro é que seja algo gracioso. Que aquilo que você faz carregue essa energia de beleza, delicadeza, de olhar o outro. Eu ganho e o outro ganha. Isso cria uma outra qualidade.
MUKTO – A gente tá sentado aqui, um grupo de 50 pessoas tá sentado lá e essa conexão, a gente chama de sintonia. Sem ela, a gente não atinge as pessoas. Só quando a gente tá num fluxo legal, esse amor que flui aqui flui pra fora. Então, pra nós, o trabalho que a gente faz sem amizade não seria possível… Nunca fui banqueiro, então, não sei como é…
HOMA – O pessoal diz que eu tenho um jeito meio diferente de lidar com dinheiro e tudo isso. Você que acha também que sou meio fora do mundo, né? (dirigindo-se a Mukto)
MUKTO – (risos) Com certeza!
HOMA – Porque, pra mim, abundância tem que ser dividida. Se ela não é dividida, não é abundância. Cria uma separação: eu tenho e você não tem. Então, tem que ser algo que flui, que expande.
OP – Como vocês estão inseridos no mundo que é tão mais egoísta? Como se inserem no presente?
HOMA – A gente criou um espaço (Osheanic International) onde as pessoas podem experimentar como seria um viver diferente, um relacionar diferente, um fazer dinheiro diferente. É um desafio. Porque você tá no mundo, né?
MUKTO – Nossa ideia de vida é viver no mercado, mas não fazer parte do mercado totalmente. Estar conectado, mas não ser dominado pelas leis do mercado. A gente não precisa, nem quer separação.
HOMA – A gente cria um ambiente que é diferente.
MUKTO – Porque só num lugar meio protegido a gente pode aprender algo diferente. Pelo menos, por um tempo, você tem que se retirar pra aprender algo diferente. Tudo tem que acalmar um pouco.
HOMA – Mas o mundo tá doido, sim. Tem uma catalisação muito forte no momento, no Brasil também.
OP – O que está acontecendo, neste momento, com o mundo?
HOMA – Tem uma polarização muito grande. As pessoas começaram a ficar mais conscientes, tem mais meditação, coisas boas. Mas a polarização tá muito forte. Acho que a gente está chegando num cume mesmo de algo. Ou a gente se estoura ou passa para uma consciência maior.
MUKTO – A gente chegou no limite do crescimento (de recursos). Não tem mais bastante pra todo mundo e isso fica mais e mais óbvio. E o medo de sobrevivência, de futuro, cria ódio, separação, egoísmo. E isso tá acelerando.
OP – E o que representou, para vocês, o encontro com o místico Osho há 30 anos?
HOMA – Foi a apresentação de uma possibilidade de vida, completamente diferente do que eu conhecia. Foi o primeiro contato com meditação, quem sou eu….

OP – Mas você vivia em um mundo também conturbado?
HOMA – Sim, porque eu encontrei ele muito jovem, em 1976. Ouvi os ensinamentos dele, aí, cheguei na Índia em 1978. Era muito jovem e tive que fazer uma escolha: vou pra universidade ou pra Índia? Pesei, fui fazer o exame pra universidade e falei: gente, eu vou pra Índia (risos). Minha universidade foi na Índia. E foi, realmente, uma introdução a uma vida, completamente, diferente, que teve um impacto muito forte. E quando eu encontrei, falei: “Nossa, eu tava buscando algo assim”. Algo que fizesse sentido.
OP – Qual o sentido que encontrou?
HOMA – (pausa) Um sentido de que existe uma consciência maior, algo maior do que aquela vidinha que eu estava olhando, que não me satisfazia. E que tinha, em mim, um potencial que eu não conseguia ver na época, mas que ele falava: “Gente, tem mais”. Esse tem mais me fez me buscar, fazer trabalhos de terapia, de autoconhecimento.
MUKTO – Eu estudei filosofia, entre outras coisas, e, no final dos estudos, notei que a minha vida não tinha mudado, a minha felicidade não tinha aumentado. Quando entrei nesse mundo alternativo de meditação, terapia, conectei com os meus sentimentos. Não só com os meus pensamentos. E ao correr dos anos, fiquei mais e mais feliz. Tem um contentamento na minha vida que estou maravilhado como consegui isso ou como isso aconteceu pra mim.
OP – Em quanto tempo?
MUKTO – Demorou muito. Agora, começou imediato. Mas esse processo não está acabado. Ainda estou aprendendo mais e mais. Muito ao oposto de pessoas que se tornam velhos. Tenho 63 anos, mas estou ainda na vida.
OP – Se sente velho?
MUKTO – De jeito nenhum! Também no nosso trabalho, a gente também está cercado de pessoas jovens…
HOMA – Mas não é só isso. O corpo tá envelhecendo, mas, em espírito, a gente não se sente velho, não! (risos). A gente se sente bem jovem.
MUKTO – O preenchimento, é isso que faz a diferença. Claro, é bom ter dinheiro, morar num lugar bonito, ter amigos. Mas o contentamento é independente disso.
HOMA – É a sua relação com você mesmo.
OP – Os exercícios de terapia que vocês propõem desejam levar a “uma experiência direta do momento presente”. O hoje tem sido só uma travessia entre passado e futuro. Por que é importante a ligação com o presente, ainda que seja esse caos?
MUKTO – Quando você não está no presente, está no passado ou no futuro. Mas você não pode estar no passado ou no futuro, só sua mente. Você está um espírito sem corpo, viajando pelo mundo mental. Você corta todo emocional, todo o físico. Você sabe como é quando pensa demais? Acho que todo mundo sabe como isso é.
HOMA – E não ter habilidade de parar a mente nem por cinco minutos. É como se a gente fosse dominado pela mente. A vida, na realidade, acontece aqui. Quando a gente tá na mente, tá fora da vida real…E não é que a mente é ruim. A mente é boa, funciona pra várias coisas. Mas não pro existencial. Pro existencial, tem que ser algo que se torna consciente desse momento. A felicidade está aqui, não está nem no futuro nem no passado. Pra pessoa estar feliz tem que estar aqui. Em geral, o povo experiencia a felicidade por momentos. Aí, a mente entra de novo, com desejos, vontades, futuro, passado…

OP – A meditação, as terapias podem nos levar a um relacionamento conosco, é isso?
MUKTO – Essa é a proposta. É levar você até si mesmo.
HOMA – E nesse levar a si mesmo, o amor começa a fluir aqui, aí, os relacionamentos melhoram quase que automaticamente. Porque você tem espaço pro outro, não está querendo algo do outro.
MUKTO – A ideia de achar amor fora é global. Quase ninguém acredita quando a gente fala o que fala agora. Porque o mundo inteiro só quer achar a alma gêmea.
OP – Nos últimos anos, vocês se especializaram em Tantra. Qual é a linha mestra dessa terapia?
HOMA – A linha de Tantra nossa é de trazer consciência e meditação na sexualidade. Não só nisso, nos relacionamentos. De mudar o foco da atenção. Sem essa consciência, o amor não vai fluir.
MUKTO – A maioria das pessoas têm o sexo meio mecânico, automático, direcionado pra um orgasmo e, pra chegar lá, usam fantasias, fazem estímulos e mais estímulos. É uma grande compensação. O que quero dizer com isso: quando você chega perto de alguém, realmente perto, e se abre pra intimidade, todas as suas vulnerabilidades vêm à tona. E, no sexo, todas as vulnerabilidades vêm até mais à tona. Então, em vez de ficar frágil e íntimo, a maioria das pessoas se fecha, fica atrás de uma máscara, na paixão, no fazer, entra no orgasmo. Em vez de um encontro global, inteiro, fica um encontro sexual muito pontual, acabou e pronto. Essa nutrição de intimidade, esse fluir junto, tudo está reduzido a um orgasmo. Com mais e mais estimulação. E Tantra é uma coisa que você desacelera, fica junto, você sente, recebe o outro.
HOMA – Tem várias linhas (de Tantra). A linha nossa é a da intimidade, de você encontrar o outro, de tirar as proteções, as barreiras.
OP – Nesse sentido, sexo e intimidade são a mesma coisa?
HOMA – Não. A gente usa a energia sexual pra um encontro. O mais importante é esse encontro. As pessoas, na verdade, estão buscando amor. E, na cabeça da gente, ficou que o sexo é um jeito de, de repente, você sentir um pouquinho de amor. O que a gente faz: pega esse amor e expande. E o sexo vira uma parte desse amor. Então, vai preenchendo. A gente vai pro preenchimento da pessoa.
MUKTO – E outro aspecto é que muitas pessoas têm muita vergonha, controle. Como se tivesse algo errado no sexo. E aí se controla e, depois, tem um caso lá no motel. Está tudo secreto.
HOMA – Secreto, mas não limpo, isso é que é a loucura.
MUKTO – A gente também ajuda as pessoas a sentirem que o sexo é uma coisa inocente, não tem nada de errado. É só porque a Igreja não gosta, os nossos pais não gostaram… Eu entendo tudo isso e ninguém está culpando aqui. Mas o sexo é uma coisa inocente, né?
HOMA – É natural, na verdade. A gente tira essa estimulação demais que tem no momento e volta pro natural mesmo, o simples.
OP – Livros especializados, revistas de consultório, uma pesquisa no Google, tudo sugere passos e atalhos para chegar lá. Existe uma “receita” para fazer “o melhor sexo da sua vida”?
MUKTO – (risos) Não querer ter o melhor sexo do mundo. Mas sentindo cada momento que você está junto, sem pensar no que deveria acontecer no próximo momento, sem controlar o parceiro, sem manipular a sua própria energia pra isso acontecer.
HOMA – Só acontece no aqui e agora. Tem certas técnicas, sim, que podem fazer para ajudar a abrir o corpo.
MUKTO – (Muitas pessoas) Não sabem como sentir. Tem que treinar como sentir. Se você não sente, o sexo não pode ser prazeroso. As pessoas que pensam o tempo inteiro não sabem como sentir o corpo.
OP – Numa visão holística, sexo e amor são diferentes?
MUKTO – São diferentes. Sexo é quando vagina e pênis chegam juntos. Amor é uma energia mais global, com muitos aspectos diferentes.
HOMA – Agora, sexo com amor é bolo de chocolate com cobertura de brigadeiro… (risos)
MUKTO – E uma cereja!
HOMA – É bom! (risos) É o melhor que tem porque é um sexo presente. E se a gente lembrar que o que a gente quer mesmo é amor, muda tudo. Porque a gente relaxa. O sexo é parte disso. E muito pouca gente tem bom sexo.
OP – Assim como pouca gente tem um bom amor…
HOMA – Pouca gente experencia o amor de verdade. Isso é o nosso direito de nascença: é ter amor, viver amor. Só que tem que trabalhar um pouco pra chegar lá.
OP – “Trabalhar com pessoas” é outra base para vocês. O que esse trabalho exige de cada um?
HOMA – Às vezes, é difícil, sim.
MUKTO – Tem também recompensas grandes. A gente faz o nosso dinheiro com uma coisa que a gente, realmente, gosta de fazer.
HOMA – Que a gente sente que contribui. Isso é algo que nos dá um preenchimento.
MUKTO – Às vezes, a gente pensa: como seria bom não trabalhar mais! (risos).
OP – A gente também!
MUKTO – Mas, depois, eu me pergunto: é isso mesmo que eu quero? Hoje por exemplo, eu tava lá no grupo e foi tão legal, sabe?
OP – O que traz vocês de volta ao trabalho?
HOMA – Uma das coisas é ver a transformação na vida das pessoas. E sentir que você faz diferença. Que a energia que você tá botando, o seu comprometimento naquele momento, mesmo que você dê um pouco mais do que tinha, tem algo nessa troca humana que faz a gente voltar.
MUKTO – Agora, estou queimando um pouco o cérebro (risos). Espero que você não tenha muito mais perguntas…
OP – Tenho mais três, só… O trabalho leva vocês por uma pequena volta ao mundo: Grécia, Índia, Taiwan e Rússia, além do Brasil, estão no calendário de cursos. Vocês têm tempo para experimentar os lugares por onde passam? Qual o lugar mais bonito onde já estiveram e por quê?
HOMA – A gente pega alguns dias pra aproveitar mesmo aquele lugar. Particularmente, adoro a Grécia porque sinto que tem algo especial. Chego na Grécia, meu corpo se sente diferente. Tem ilhas muito lindas.
MUKTO – Este ano, a gente vai pra Hong Kong, é a minha cidade favorita. Depois, a gente vai pra Bali e eu tô já com alegrias sobre essa ideia de ir pra Bali.
HOMA – Bali tem algo interessante. Tem muito mais gente do que antes, muitos turistas, mas eles têm uma paz que é diferente de qualquer lugar que a gente foi. Tem muçulmano, hindu, várias religiões e não brigam. Eles acharam um jeito de se relacionar sem conflito. Cada lugar tem algo especial.

OP – Vocês dão treinamentos da América Latina à Ásia, da Europa e ao Oriente Médio, remexendo por dentro das pessoas. Até onde viram, o que todos temos em comum por mais diversos que sejamos? O que vocês chamariam de humanidade?
MUKTO – (pausa) Uma boa pergunta. Existe essa coisa que todos temos em comum. Geralmente, a primeira camada que a gente encontra é a personalidade. O russo típico é muito diferente do chinês típico. Tanto que, às vezes, é difícil entender o que as pessoas pensam, querem.
HOMA – Sentem.
MUKTO – Uma vez que você fica com essas pessoas por uns dias e aprofunda a intimidade, chega num lugar aonde o coração se abre. E você, depois de uns dias, nem vê mais os olhos assim, o cabelo assim…
HOMA – Esse é o ponto. Quando o coração abre, é humano. Em qualquer raça. E acontece a amizade: no momento em que o coração abre, a gente é amigo. É incrível… A China foi um desafio porque tudo era tão diferente. Mas quando eles abriam o coração e entrava naquilo que era o problema real deles, os problemas eram os mesmos. E a coisa da intimidade, do amor, da conexão, da sexualidade. Ali a gente é humano… O anseio da alma é o mesmo.
MUKTO – E, lá no fundo, a gente é igual. A nossa essência é igual.
PERFIL
Deva Homa nasceu em São Paulo, em 1958. Foi para a Índia aos 19 anos, morar na comunidade do mestre indiano Osho. Foi seu início na meditação. No caminho do autoconhecimento, mudou-se para os EUA e a Alemanha, na década de 1980. Aperfeiçoou-se em Ciências Esotéricas, Vidas Passadas, Leitura de Energia, Cirurgia Metafísica e Tantra. Em 2005, ela participou da criação da Osheanic Internacional.
Mukto nasceu em Colônia, cidade alemã, em 1952. Estudou filosofia e literatura-inglês na Universidade de Colônia. Em 1981, deu-se o encontro com o místico Osho e logo começou o caminho pelo autoconhecimento. Junto a Homa, nos últimos 30 anos, eles lideram treinamentos e workshops nas Américas, Europa e Ásia.
DE BOA
PÉS DESCALÇOS. A ENTREVISTA COM OS TERAPEUTAS FOI EM UMA SALA DO OSHEANIC, EM AQUIRAZ. E FOI SEM CERIMÔNIAS: TIRAMOS OS SAPATOS, SENTAMOS SOBRE ALMOFADAS
ENERGIA
HORA MARCADA. HOMA E MUKTO CONVERSARAM COM O POVO APÓS UM TREINAMENTO. ESTAVAM UM POUCO CANSADOS. ACELERAMOS, ENTÃO, A CONVERSA PARA 40 MINUTOS
PERGUNTA DA LEITORA Silvana Dias, funcionária pública
LEITORA – A partir desta afirmação (disponível no site de Homa e Mukto) “o sexo se torna uma porta para a meditação e a presença”, gostaria de saber na prática como isso acontece?
HOMA – Isso é um trabalho mesmo porque é um descondicionamento de tudo o que a gente pensa e acredita sobre o sexo. É uma transformação, é que nem sair do casulo, do que a gente conhece, para uma borboleta.
MUKTO – Precisa de um tempo pra entender o novo, o que é possível. A capacidade de sentir, de fugir do permanente, pensar involuntário, tudo isso é necessário pra, realmente, se derreter em uma intimidade.
HOMA – Nesse estado é quando a meditação acontece. É um estado que você está total.
MUKTO – Isso tem que ser treinado, não é uma coisa instantânea, não tem um truque, um atalho.
HOMA – E não dá pra fazer isso lendo um manual, tem que experienciar… É um processo existencial.
MUKTO – Porque não é uma mudança na cabeça, é uma mudança no ser inteiro. E isso demora tempo.
O próximo Workshop Consciência Tântrica acontece no Carnaval, de 25 a 28 de fevereiro de 2016. Saiba mais aqui.
By O POVO Online